NATAL
(poema escrito em 27/11/1973)
(José Fortuna)
Natal, dia de encontro
Dia de paz e de amor
É a noite que a estrela d`alva
No espaço tem mais fulgor
Nos lares há mais sorrisos
Nos corações menos dor
Natal, palavra que exprime
Ternura e meditação
É o dia de se arrancar
O ódio do coração
E plantar em seu lugar
A branca flor do perdão
É o dia de se olhar
Dentro de nós e dizer:
Será que em todo este ano
Fiz algo por merecer
O perdão de Deus que é
A razão de meu viver?
Há melodia nos ares
Há no espaço mais luz
Há mais preces nas igrejas
Que é o templo que nos conduz
Há todo um povo cantando
O nascimento de Jesus
Há os presépios que nos mostram
Os Reis Magos que um dia
Seguiram extasiados
A estrela que os conduzia
Até a pobre mangedoura
Aonde Jesus nascia
E neste Natal oremos
Para que no outro Natal
Haja mais paz sobre a terra
E mais amor fraternal
Para que a força do bem
Acabe vencendo o mal
Que nossos olhos não vejam
Tanta incompreensão
Tanta guerra que só traz
Luto e desolação
Mães chorando filhos mortos
Crianças pedindo pão
Queremos ver neste dia
Mãos se encontrando no amor
Carinho, afeto, ternura
Sem orgulho e sem rancor
Exemplos que encontramos
Na pureza de uma flor
Cânticos, músicas, sons
Cores, luzes celestial
Ricos abraçando pobres
Numa igualdade total
Tudo isto se resume
Numa palavra: Natal