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VIOLEIRO DISPOSTO

(dialeto caipira)

cururu

(José Fotuna/ Carreirinho - grav. Zé Carreiro e Carreirinho)

Quando eu pego a viola de pau de candeia meu peito se abre, meu dedo ponteia
eu já sinto meu sangue fervendo na veia, coração ingrato comigo pranteia
quando eu chego na festa que o povo rodeia, as mocinhas suspiram, as casadas proseia
no meio do povo as moças me campeia, na minha chegada rojão bombardeia

Quando eu bato a viola os violeiros raleia, já fica com a pulga por detrás da orelha,
violeiro de fama eu amarro na peia, eu faço é ficar é no pé da correia
quando eu bato catira tudo balanceia, o assoalho estremece, cai caco de teia
cantador invejoso comigo bambeia, no braço da viola ninguém me enleia

E pra certos violeiros que muito papeiam, vai nosso endereço quem quiser que leia,
esses violeirinhos que só garganteiam, podem vir aos montes ninguém dá pareia
só vem os ouvintes que nos apreceia, falar e não ser é coisa muito feia,
sei que o nosso dueto é um enxame de abelha, me aponte um violeiro que não garganteia