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ÚLTIMA VALSA (A)

valsa

(José Fortuna - grav. Zé Fortuna e Pitangueira/Mococa e Paraíso)

PARTE DECLAMADA:

Nair saiu pelo mundo procurando seu amado
que ela mesma por orgulho tinha um dia desprezado,
cansada e arrependida do seu erro praticado
Nair se atirou na lama pela estrada do pecado.
Luiz também de desgosto se transformou num bandido
e numa noite bem longe num lugar desconhecido,
num combate com a polícia Luiz escapou ferido.
Se escondeu dentro de um baile da polícia perseguido
Prá despistar a polícia que vinha no rasto seu
dançou com a primeira moça que na frente apareceu
era Nair, sua amada, mas ele não conheceu
enquanto a orquestra num canto triste valsa assim gemeu:

PARTE CANTADA:

Naquela valsa chorosa rodaram pelo salão
e numa pausa da orquestra ela viu sangue em suas mãos,
apavorada pensando ser um bandido ou um ladrão
chamou depressa a polícia que lhe deu voz de prisão.

Quando ela ouviu o seu nome chorando reconheceu
que era aquele o seu amado por quem tanto ela sofreu
procurou pro mundo todo que triste destino seu
estava com ele nos braços e para sempre o perdeu.

Quando a polícia saia levando preso o rapaz
aqueles gritos doídos foram ficando pra trás
de longe ainda se ouvia de Nair seus tristes ais
e aquela última valsa separou pra nunca mais.