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SILENCIOSO LAGO AZUL
(composta em 24/12/1981)

                                                               (José Fortuna)

Silencioso lago azul que dorme
Bem no seio da floresta enorme
Repousante berço do luar
É o espelho da estrela clara
Que ao passar sobre teu vulto para
No infinito pra lhe admirar

Os meus olhos são dois lagos tristes
Que na selva de meu ser existe
Transbordando lágrimas de  dor
Só voce não faz como as estrelas
Nunca pára pra que eu possa vê-la
Clarear o céu de meu amor

Silencioso lago azul
Seu silencio é igual ao meu
Silenciei para que o mundo
Não soubesse quem sou eu

Silencioso repouso das águas
É igual meu lago azul de mágoa
Represado no interior de mim
O prazer de manter escondido
A saudade deste amor perdido
É o que mais me faz sofrer assim