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SEM MOTIVOS
(composta em 12/02/1979)

                                                               (José Fortuna – Carlos Cezar – grav. Francisco Petrônio)

Sem motivos eu parei no mundo
E fui rabiscando um papel qualquer
Sem motivos me faltava tema
Não me vinha à mente nome de mulher
Não estava nem feliz, nem triste
Era um mais ou menos, um alguém a mais
Não me lembro se chorava ou ria
Sei que me perdia entre os desiguais

Fui juntando pedaços de lua
Sons de cachoeira, horas de ninar
E de longe trouxe a voz do vento
Sombras de passado, solidão de mar
Sem motivos, minha poesia
Foi criando forma e um não sei quê
Sem motivos descobri o motivo
Que se hoje vivo, vivo por você