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SE NÃO FOSSE O QUASE

arrasta-pé

(José Fortuna - grav. Zé Fortuna e Pitangueira)

Se não fosse o quase, quase eu perco o trem
e por quase, quase, quase eu entro bem.
Eu estava namorando quase na beira do rio
era quase meia noite, quase o pai dela me viu,
um cachorro quase briga, quase, quase me pegou
eu corri, pulei a cerca quase que a calça rasgou

Se não fosse o quase, quase eu perco o trem
e por quase, quase, quase eu entro bem.
Fui roubar umas bananas eu tava quase no cacho,
quase que caí de susto quando o dono chegou embaixo
e me fez comer na marra, quase, quase eu me estrumbico
quase vinte e cinco dúzias, até o umbigo fazer bico.

Se não fosse o quase, quase eu perco o trem
e por quase, quase, quase eu entro bem.
Namorei uma moça feia, corcunda e quase careca
quase surda, quase cega, quase que eu levei a breca
me beijou com tanta força, quase que eu perdi o sentido
e por ser quase banguela, quase tinha me engolido

Se não fosse o quase, quase eu perco o trem
e por quase, quase, quase eu entro bem.
Em muito apuro na vida com o quase eu me livrei
Porém por causa do quase, eu quase me bombardiei
Na loteria esportiva um dia quase eu acertei
quase que o Corintians ganha, mas foi um sonho, acordei.