SE DEUS ME DESSE UM PODER
cateretê
(José Fortuna – Pitangueira - grav. Zé Fortuna e Pitangueira/Trio Repentista)
Se Deus me desse um poder morena que bom seria
eu virava um passarinho para te ver todo dia
nos ramos do teu jardim era onde eu me escondia
pra quando você passasse balançando eu te via.
Eu virava uma rosa que no seu jardim se abria
pra você por em frente o peito e um beijo seu recebia
Eu virava numa esponja de sua perfumaria
para encostar no seu rosto quando você se vestia.
Eu virava numa nuvem e pelos ares corria
as lágrimas que eu chorava era a chuva que caia
pra molhar o seu jardim onde a roseira crescia
queria virar num pente pra ajeitar sua cacharia
Eu sentava no seu lado na hora que ocê dormia
pra escutar teu coração e as pancada que batia
Eu virava numa estrela para ser o vosso guia
quando apertasse a saudade nos seus cabelos eu caia.
Se Deus me desse um poder tinha tudo o que eu queria
talvez assim era amado e um prazer eu conseguia
de cair nos vossos braços quando você consentia
para beijar o teu rosto depois feliz eu morria.