SÃO PAULO, ESQUINA DO MUNDO
(composta em 31/01/1981)
(José Fortuna – Paraíso)
São Paulo gigante, esquina do mundo
De um sono profundo voce despertou
Foi a 25 de um mês de janeiro
Que o sol pioneiro em seu céu raiou
Foi José de Anchieta que em longínquas eras
Nesta grande terra a semente plantou
No jardim do mundo igual uma rosa
Com força viçosa do solo brotou
De todas as raças, de todas as terras
Aqui se aglomeram no mesmo ideal
Fazer de São Paulo, seu querido berço
E de todo o Universo a maior capital
É esquina do mundo, pois todas as estradas
Nesta encruzilhada se encontram por quê
Pessoas que buscam melhores futuros
O rumo seguro é o que leva à você
São os espanhóis, são os portugueses
São os japoneses de longínquos mares
Os italianos, com toda bravura
Trouxeram a cultura dos peninsulares
São vários milhões de filhos do norte
Esta raça forte deu o seu tributo
Por entre edifícios, seu labor empresta
Na grande floresta de mil viadutos
De manhã à tarde é o povo embarcando
No metrô cruzando por subterrâneos
Muitas chaminés perdem-se de vista
Dando aos paulistas progresso instantâneo
Embora reclamem do ar poluído
Seus filhos queridos são um povo feliz
A força motora da máquina viva
A locomotiva que move o país