RUAS MORTAS
(composta em 07/05/1981)
(José Fortuna)
Muitas ruas mortas trago em minha vida
Que não tem saída pra lugar nenhum
A rua de mágoa cruza com a saudade
No triste arrabalde de minha paixão
Numa dessas velhas ruas de meu ser
Fico sem saber para onde vou
Porque os seus olhos, lâmpadas brilhando
Se apagaram quando você me deixou
Na calçada antiga da esquina do tempo
Foi triste o momento que você partiu
Pelas ruas mortas vem a brisa mansa
Fazendo a lembrança me matar de frio
Minha alma dorme na sarjeta fria
Da rua vazia e sonhando vê
Dois pequenos vultos surgir na distância
São duas crianças, sou eu e você
Juntinhos nascemos, juntinhos crescemos
E juntos não vemos chegar nosso fim
Porque estou sozinho nas noites incertas
Das ruas desertas no fundo de mim