PRISÃO DO MUNDO
(composta em 17/12/1980)
(José Fortuna)
Eu sinto a minha vida aprisionada
Atrás da parede azul que me rodeia
Distante dos teus carinhos me sinto preso
Porque este céu vazio é minha cadeia
Na grande prisão do mundo sem ter você
Eu morro desesperado de fome e sede
A sede destes teus beijos que nunca chegam
Pra mim que padeço entre quatro paredes
A lua me ilumina
No teto desta cela
Estrelas me vigiam
E o sol é o sentinela
Eu peço que me matem
Me façam este favor
Não quero mais viver
Num mundo sem amor
Somente alcançaria a liberdade
Se a esta prisão do mundo você viesse
Tomar entre suas mãos, minhas mãos geladas
Trazer o seu carinho pra quem padece
Trazer muitas esperanças e muita promessa
Promessa de que lá fora voce me espera
Dizer que lá fora ainda cantam as aves
E ainda existem flores na primavera