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POVO
(composta em 07/07/1980)

                                                               (José Fortuna)

Somos a máquina que move a vértebra
De um corpo anônimo em formação
Audaz exército, poder intrépido
Sempre solícito na obrigação
Força legítima, que não faz vítima
Merece rápido seu pedestal
Ergue-se América, povo fantástico
Simples partícula num chão global

Homem que faz um todo
Todo que é povo
Povo que é chão
Chão, pedestal de glória
Que faz a história
De seu irmão
Povo que busca sem solução
Paz e compreensão
Dor de sentir
E sede de ouvir
Um sim em lugar do não

Força energética, massa compacta
De idéias lúcidas em formação
Almas genéticas, e mentes lúdicas
Que faz o ritmo de uma nação
Sem sua crítica é morte súbita
É som sem métrica, sol sem verão
A matemática mostra na prática
Que o povo é bússola na direção