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PISCINA
guarânia                                                              (José Fortuna/Paraíso - grav. Tião Carreiro e Pardinho)

No quintal de casa eu fiz a piscina que ela pediu
ali quantas tardes as águas azuis o seu corpo beijou
ela foi embora do último banho conservei as águas
que aqueceu seu corpo e aquela piscina toda perfumou

Os raios de sol faziam seu corpo refletir nas ondas
chamando seu nome busco em desespero por um beijo dela
estou nadando a esmo,  soluçando em pranto,  abraçando as águas
na ilusão gostosa, que naquele abraço eu abraço ela.

Piscina,
que guarda segredo,
todo dia cedo, ela se banhava
Parecia um anjo
seu corpo de fada,
da pele rosada, que o sol bronzeava.

Mesmo que tivesse secado a piscina nada adiantaria
estaria cheia com todo o meu pranto que agora derramo
água da piscina,  você lava tudo só não lava a mágoa
que está no meu peito por viver distante de quem tanto amo

As folhas sem vida que o vento arrasta beirando a piscina 
bem prova o desleixo do triste abandono de quem vive ali
eu também sou folha varrida com a longa vassoura do tempo
só seco a piscina no sol da saudade do amor que perdi.

Piscina,
que guarda segredo,
todo dia cedo ela se banhava
Parecia um anjo
seu corpo de fada,
da pele rosada, que o sol bronzeava.