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PEITO DE AÇO
Cururu                                                  (José Fortuna - grav. Zé Fortuna/Pitangueira)

Minha viola é de pinho e as cordas  são de aço
ela chora sentida apertada em meus braços
junto ao meu coração ela segue o compasso
pra cantar um desafio, eu nunca me embaraço
e não sinto cansaço, ai, ai.

Minha vida eu comparo com um lindo sanhaço
que vive cantando,  cortando o espaço
toda festa que eu chego sucesso eu faço
as mocinhas bonitas me pegam no braço
e com poucos minutos estão presa em meu laço.

Passo a mão na viola e dou logo um repasso
os violeiros invejosos já fazem o esquinaço
eu sou que nem bomba que solta estilhaço
onde pega arrebenta destronca espinhaço
é preciso ambulância pra juntar os pedaços.

E coitado daquele que eu encostar o braço
no lugar onde acerta já forma um inchaço
o seu lindo topete sem pena eu amasso
eu já piso por cima, o fulano espedaço
e com poucos segundos transformo em bagaço.

E pra’queles que querem  me fazer de palhaço
eu carrego um revolver que tem seis balaços
já tirei muita fama de cabra pirraço
quem quiser me encontrar, que persiga meus passos
ou procure meu nome que é peito de aço