O SOL E A LUA
(dialeto caipira)
cateretê
(José Fortuna – Pitangueira - grav. Zé Fortuna e Pitangueira)
Comparei o sol e a lua com o modo de nós vivê
marcando dias e noites de meu triste padecê
passam perto e não se encontram, assim é também você
quando eu passo vira o rosto fingindo que não me vê.
O sol vem de madrugada e a lua no escurecê
o sol morre no poente quando a lua aparecê
assim vivemos nós dois um do outro a se escondê
quando você chega eu saio quando eu chego sai você.
Meu amor é igual ao sol queimando no entardecê
você é fria igual a lua não sabe correspondê
eu vivo sempre sozinho todos rodeiam você
cada estrela é um pretendente que sofre por te querê.
Quando encontra o sol e a lua faz o mudo escurecê
se nós dois fizesse as pazes quando eu abraçar você
tudo se apaga e no escuro nossos beijos ninguém vê
voltaremos viver juntos sempre junto até morrê.