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O PUNHAL DA VINGANÇA
toada                                                    (José Fortuna - grav. Zé Fortuna e Pitangueira/Juquinha e Junqueira/Cezar e Paulinho)

PARTE DECLAMADA:

Teresa e José se amavam mas os pais dela obrigaram
de José se separar e quando os dois se apartaram
prá nunca mais se casar num longo abraço juraram.
Um punhal pra cada um guardaram com um trato feito
se um dos dois casasse um dia, o outro tinha o direito
de chegar fosse onde fosse e cravar o punhal no peito.
José foi estudar pra padre, Teresa também mudou.
Passados quatorze anos os pais a filha obrigou
a casar com um velho rico e a contra gosto ela casou.
Na hora do casamento Teresa não conheceu
que o vigário era o José que os uniu perante Deus
e ao lhe dar os parabéns junto um presente lhe deu.

PARTE CANTADA:

Quando chegaram na porta da Igreja emocionada o presente ela abriu
dentro encontrou o punhal que um dia ela entregou ao amor que partiu.
Reconheceu que o vigário era aquele que no passado o punhal ela deu
quis o destino que ele viesse unir a outro o amor que era seu

Junto ao punhal encontrou um bilhete onde Teresa releu a chorar:
“Guarde contigo o punhal da vingança porque não quero de ti me vingar
seja feliz e esqueça o passado, peço por Deus, para trás não olhar
fique com o mundo que eu fico com Deus, porque com Deus aprendi perdoar”.

Os convidados não compreendiam qual o segredo de sua grande dor
somente ela sabia que havia nesse punhal uma jura de amor
pegando firme o punhal da vingança com desespero em seu peito cravou
enquanto o sino da Igreja batia ali Teresa sem vida tombou.