O PALPITE DO SAPO
pagode
(José Fortuna – grav. Zé Fortuna e Pitangueira)
No manejo da bola, jogador se arrebenta, pra marcar o seu gol, mas a bola não entra
Ele sua a camisa, na coragem e no peito, mas o sapo lá fora, fica pondo defeito.
- Ma, olha lá, ele pensou que o gol tava nas nuvens, chutou aonde, rapaiz?
Em tudo que é jogo, ou em qualquer bate-papo, tem sempre que haver o palpite do sapo.
E no jogo de bocha, jogador tá enfezado, pra ganhar a partida, mas no fim sai errado
Tá perdendo dinheiro, de repente ele estoura, quando ouve o palpite lá do sapo de fora.
- Você é burro, rapaz,, puxa o balim de trivela que você mata a égua.
- Não, não dá de rafa que pula no terrão, a minha nona joga mais do que você, tá bom!
Em tudo que é jogo, ou em qualquer bate-papo, tem sempre que haver o palpite do sapo.
Jogador de baralho, na orelha da sota, tá com sono e nervoso, por perder uma nota
Pra enfezar mais ainda, chega ali sem convite, o tal sapo de fora, para dar seu palpite.
- Truca nele logo, rapaz! você não tá vendo que ele tá mais amarelo do que uma polenta?
Ele não tem nada... Não. Não sai de sete ouro que ele te fecha, ostregão!
Em tudo que é jogo, ou em qualquer bate-papo, tem sempre que haver o palpite do sapo.