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O MENINO BOIADEIRO
                                                               (José Fortuna/Carlos Cezar - grav. Donizeti)

Galopando, galopando
Meu cavalo verdadeiro, ei, ei, ei, oi!
Por este mundão de Deus
todos sabem que sou eu, o menino boiadeiro.

Logo na infância me trocou o mundo mau
meu cavalinho de pau por cavalos verdadeiros
Deixei a gaita que eu tocava pro  paizinho
para ouvir pelos caminhos o chorar do berranteiro.

Perdi meu pai num estouro de boiada
minha mãe emocionada pouco tempo mais durou
Fui recolhido pelos peões viageiros
Dormindo sobre os baicheiros que o destino me entregou.

Troquei os bancos da escola por barrancos
a neblina é o livro branco que eu preciso preencher
Páginas vivas de alegrias e  tristezas
Meu diário de surpresas para ler quando crescer