Imprimir    << voltar

 

O JOGO DA VIDA

valseado

(José Fortuna - Grav. Zé Fortuna e Pitangueira)

Antônio foi a cidade tão triste,  tão descontente
buscar remédio pra filha que se encontrava doente
mas ao chegar na cidade,  no primeiro bar da entrada
viu seus amigos jogando, entrou também na jogada.

Foi jogando e foi perdendo, todo o dinheiro que tinha
que era para comprar  remédio para filhinha
mas continuou jogando,  pra ver se recuperava
quando clareou o dia um cavaleiro chegava.

Ele vinha lhe avisar que a filha tinha morrido
Antônio desesperado se deu um tiro no ouvido
assim o maldito jogo deixou um lar destruído
pai e filha noutro mundo,  e uma mulher sem abrigo.

Quantos dramas como esse por este mundo acontece
homem que entra no jogo e jogando ele se esquece
que a sua honra e família com tanto amor conseguida
numa só noite se acaba no triste jogo da vida.*

Por que jogar se a vida, já é um jogo de surpresa
amanhã o que seremos ninguém pode ter certeza
nossa existência é um baralho e a derradeira partida
somos as cartas marcadas  no triste jogo da vida.

* estrofe não gravada