O DIREITO DE ERRAR
tango
(José Fortuna - grav. Zé Fortuna e Pitangueira)
Abandonava num subúrbio triste, meu lar que um dia jurei respeitar
e dentro dele a chorar deixava a companheira que eu jurei amar
qual vagalume pela noite a dentro, na boemia esqueci meu lar
e convencido que somente eu tinha o direito de poder errar.
E a companheira sem os beijos meus, vendo depressa nosso amor morrer
em outros braços ela foi buscar novos carinhos pra poder viver
Até que um dia vieram me dizer, que em meu lar lá no subúrbio além
o meu lugar que eu deixei vazio era ocupado por um outro alguém.
Alucinado eu jurei vingar-me, voltei prá casa para os dois matar
mas no momento de bater na porta senti desejo de a perdoar
pois ela agora encontrou abrigo, noutros carinhos que eu não lhe dei
vim para a orgia sem abrir a porta, e em meu lar eu nunca mais voltei
Hoje bebendo vivo a esperar que a minha vida chegue logo ao fim
nem o direito tenho de chorar pois sou culpado de sofrer assim
Vejam amigos o exemplo meu, nunca desprezem quem lhe queira bem
Você errando sem saber está dando o direito dela errar também.