MOÇA GORDA
baião
(José Fortuna – Pitangueira/ grav. Zé Fortuna e Pitangueira)
Moça gorda era a Chica Constança quando ela casou que trabalho estafante
pra vestir seu vestido de noiva veio a costureira e mais vinte ajudantes
e trouxeram cem metros de faixa pra ver se a danada formava cintura
quando a turma apertava no meio, por todos os lados saia a gordura
Apertava por cima, saia por baixo
apertava por baixo, saia por cima
apertava por trás, saia pra frente
apertava pra frente, saia por trás.
E de tanto apertar a Constança saiu pelo zóio os pulmões da marvada
todas as tripas saiu pela boca e a pobre da moça morreu destripada
um caixão com três metros de fundo e catorze de boca foi encomendado
mesmo assim pra caber foi difícil pois saia banha por todos os lados.
Pra levar ela pro cemitério veio um trem de ferro com quatro vagão.
o coveiro cavocou dez dias pra abrir o buraco pra entrar o caixão
foi preciso trazer um guindaste pra ver se a Constança na cova descia
todo mundo apertava sem dó, mesmo assim no buraco o caixão não cabia.