MINH’ALMA ESTÁ NO SERTÃO
(José Fortuna/Jotha Luiz – grav. Rouxinol e Sabiá)
Deixe eu ir buscar a lua, e o sertão que ficou lá
O terreiro, o pé de amora, e trazer tudo pra cá
Quero ver nos edifícios, cordilheira colossal
E na rua de asfalto, o riozinho do quintal.
Isto tudo é "Faz de Conta", faz de conta que eu não vim
E nas asas da saudade, vou buscar tudo pra mim
Faz de conta que a avenida, onde passa multidões
É a boiada caminhando, nas estradas dos sertões.
A fumaça da cidade, fazendo poluição
Faz de conta que é neblina, a dormir no baixadão
Pior é que tudo isto, eu sei que não é verdade
Minha alma está no sertão, e o meu corpo na cidade.