Imprimir    << voltar

 

LÁGRIMAS DE MÃE
toada                                                    (José Fortuna - grav. Zé Fortuna e Pitangueira)

PARTE DECLAMADA.:

Vou contar uma história triste que jamais no mundo existe uma dor assim igual,
o amor de mãe é maior que o céu, que as nuvens, que o sol, maior que a terra, e o mar
era uma pobre velhinha, que por consolo só tinha um filho por sua sorte
era o único que pra ela, pudesse acender uma vela na hora de sua morte

Quando lhe deram o recado que o filho foi convocado pra partir, pra ir pra guerra
devia seguir o quanto antes, pra bem longe,  bem distante pra morrer lá noutras terras
quanto chorou a velhinha, olhando no mar sozinha, o navio desaparecer
que levou seu coração, deixando-a na solidão pra de saudade morrer

PARTE CANTADA:

E noite e dia lá nos pés do altar, ela rezava e chorando pedia
que protegesse seu filho querido, trouxesse ainda aos seus braço um dia 
lá nas trincheiras enfrentando a morte, quando uma bala varô o coração
sobre seu sangue ele morreu chorando, com o retratinho de sua mãe na mão.
 
E quando um dia terminou a guerra e os combatentes regressavam ao lar
no cais do porto entre a multidão, ela esperava seu filho voltar
e noite e dia lá no cais do porto, pobre velhinha seu filho esperou
e o mar imenso nunca deu notícia, seu filho amado nunca mais voltou.

Lá na Europa entre um cemitério, só uma cruz velha vela o corpo seu
longe da Pátria e da mãe querida, lutando sempre como herói morreu
pobre velhinha foi morrendo aos poucos, chorando sempre pouco mais viveu
dois corações que sepultados longe, depois da morte se encontrou no céu.