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EU SEI PORQUE


embolada

(José Fortuna - grav. Zé Fortuna e Pitangueira)

Eu sei porque, eu sei porque, quando troveja é sinal que vai chovê.
Eu sei porque, eu sei porque, eu sei porque mas eu não conto pra você...

Eu sei porque, que a galinha quando bota, se o ovo for bem grande, o galo enfeza pra chuchu
e diz pra ela já meio desconfiado, que termine o quanto antes essa amizade com o peru.

Eu sei porque, que um cachorro pelas ruas, todo poste que ele encontra ele pára um bocadinho
e quando vê outro cachorro, fica alegre, corre logo ao seu encontro pra cheirar o seu focinho...

Eu sei porque, quando um homem se rebola, no cordão carnavalesco fantasiado de mulher
a gente pensa que é apenas fantasia, mas depois de olhar direito é que a gente vê que é...

Eu sei porque, que moça que casa com velho, não é amor nem simpatia, o negócio é interesseiro
daí um ano dá-lhe um chá de meia-noite, o velho estica as canelas e ela fica com o dinheiro...


 

 


 



 


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