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ESTRADEIRO ERRANTE

canção gaúcha

(Letra e música de José Fortuna - grav. Os Maracanãs)

Estradeiro errante saia do caminho, entra em meu ranchinho, diga-me onde vai
por que tanta pressa, se já morre o dia, na estrada vazia, logo a noite cai
se é alguma ingrata, que procuras tanto, não derrame o pranto que ela não tem dó
com o passar dos anos tudo é esquecido, seu pranto caído vai sumir no pó.

Também fui traído percorri o mundo, fiquei roto, imundo, mas não encontrei
chegou a velhice, eu sempre sozinho, junto a este caminho pra morrer parei
fiz este ranchinho pra acolher os tristes, que de andar desistem, pelo mundo em vão
estradeiro errante que cansado volta, traz no peito morta, toda a ilusão.

Ouça meus conselhos estradeiro errante, não diga adiante, que vai se cansar
ela por maldade no pó do caminho, apagou o rastinho, para despistar
é tão grande o mundo com milhões de estradas, cada encruzilhada é uma indecisão
ela ainda paga, creia no que eu digo, o cruel castigo, de sua ingratidão.

 



 


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