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ESSA PINGA MATA NÓIS
(composta em 12/02/1981)

(José Fortuna/Carlos Cezar – grav. Roberto Barreiros)

Essa pinga mata nóis, gente
Esse trem é bom demais, uai
Sem a pinga a paixão fica
Com a pinga a paixão sai

Se bebendo a gente morre
Se amando a dor maltrata
Prefiro morrer bebendo
Pra esquecer aquela ingrata
Fogo de amor e pinguinha
Vira a cabeça da gente
Não há mágoa que não passe
Não há peito que não esquente

Porque a danada da pinga
Faz esquecer amor desfeito
Se ela sobe pra cabeça
E o coração tá no peito
Quando os dois fogos se encontram
A chama no peito arde
Desce o fogo da pinguinha
Sobe o fogo da saudade

Mulher e pinga são dois vícios
Que deixar ninguém consegue
Nós queremos fugir deles
E os danados nos perseguem
Eu não quero ouvir conselho
Se este vício é perigoso
Prefiro morrer viciado
Neste vício tão gostoso