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ESCRAVO DA DOR
(composta em 14/11/1979)

José Fortuna/Carlos Cezar)

Vem, me encontrar te esperando
No mesmo lugar da partida
Vem, me encontrar tão sozinho
Parado no meio da vida
Eu, já nem sei o que faço
Meus passos estão indecisos
Eu quis morrer
Mas pra ver tua volta
Viver é preciso
Vi aves brancas voar sobre mim
Na penunbra da tarde
Vi borboletas pousando na flor
Em total liberdade

Por que só eu devo ser
Eterno escravo da dor
Por que eu fui condenado
A viver sem amor

Vem, vem nos raios primeiros
Da estrela que surge no espaço
Vem, vem na nuvem perdida
Cobrindo de sombra seus passos
Vou, te esperar no caminho
Dormido de nosso passado
Vou te entregar os retalhos
Que restam de um sonho acabado
Vi mil invernos passarem por mim
E chegar primaveras
Vi nosso tempo morrer
E o amor transformar-se em quimeras

Por que só eu devo ser
Eterno escravo da dor
Por que eu fui condenado
A viver sem amor