ESCOLA DE PEÃO
(José Fortuna/Carlos Cezar – grav. Carlos Cezar e Cristiano)
Sou um menino que observa tudo e cada dia é mais uma lição
Corn este meu vestibular de vida, eu pude entrar pra escola de peão
Eu aprendi viajar de madrugada e com o sol quente procurar descanso
Deixar o gado ruminar na sombra, por sobre a grama a beira de um remanso
A minha escola de peão foi a estrada, Ei,ei,ei,ei,ei boi
Onde meu pai me ensinou tocar boiada Ei,ei,ei,ei,ei boi (Refrão)
É necessário para uma viagem das sertanias conhecer a manha
Saber de cór a posição da lua, e um rio sem ponte que não tem piranha
Quando um cavalo torna-se fogoso, pode uma onça estar ali por perto
Tem que saber encantoar o gado, senão o estouro da boiada é certo
Paginas verdes de meu livro aberto, são as campinas onde o gado espalha
Se o berrante repicar errado, pro berranteiro é uma grande falha
Do boiadeiro o professor é o tempo, porque o tempo é o melhor ensino
O mundo é a sala e os caminhos longos, riscos de giz na lousa do destino.