DUAS IRMÃS
toada
(José Fortuna - grav. Zé Fortuna e Pitangueira)
PARTE DECLAMADA:
Duas irmãs, Elza e Geni, do mesmo rapaz gostavam,
Carlos porém ao contrário somente Geni amava.
Elza adoeceu e o doutor disse a Geni:
“Atenção, se Elza for contrariada morrerá do coração”.
Geni perguntou a Carlos: “você jura que por mim é capaz de
um sacrifício”?
ele respondeu que sim.
“Então case-se com Elza pra minha vida dela salvar”.
Ele que tinha jurado viu-se obrigado a casar
Desiludida Geni num convento se exilou
e aquele moço com Elza contra seu gosto casou
mas depois de cinco anos a Elza ele abandonou,
que com o golpe adoeceu e num hospital se internou.
PARTE CANTADA:
Naquele mesmo hospital Geni já era freira e dos doente a luz
quando em seus braços sua irmã morria Geni lhe disse apertando
a cruz
sacrifiquei-me pra salvar-te a vida menti que Carlos tinha amor ti
você viveu julgando ser amada e morta em vida exilei-me aqui.
Elza sem vida num caixão florido no Campo Santo pra morar entrou
anos passaram e um dia de Finados, Geni na tumba da irmã chegou
Carlos também na tumba ajoelhado deixava flores da cor de rubi
por um capricho do fatal destino Geni e Carlos se encontraram ali.
Quando seus olhos se encontraram tristes somente o pranto pareceu falar
tentamos em vão salvar a vida dela mas não pudemos o coração
enganar
e os dois buquês de flores lá ficaram com o vento aos poucos se
juntou num só
igual seus sonhos destruídos, foram aquelas flores reduzidas a pó.