DAMA DO MEU BAIRRO
tango
(José Fortuna/Carlos Cezar - grav. Duduca e Dalvan)
Quando eu a vi lá na rua do meu bairro, eu daria a minha vida prá
ganhar o seu amor
segui seus passos até o centro da cidade, o que vi fez o seu preço
cair logo de valor
em uma casa onde se vende carinhos, todos pagam por seus beijos sem sentido
e sem calor
aquela dama não valia o que eu pensava, quando de simpatizante eu passei
a comprador
Dama do meu bairro
flor da madrugada, sempre disfarçada em mulher de bem
Dama do meu bairro
o seu ar de nobre, hoje não encobre que és uma pobre mulher de
ninguém
Logo cedinho um carrão ultimo tipo vem buscar em minha rua a madame
do lugar
se desmanchando entre jóias e perfumes ela até dá a impressão
que saiu pra trabalhar
mas o fulano é mais um dos seus otários, linda dama do meu bairro
quem te viu e quem te vê
por ser tão bela eu me vejo calculando que também desejaria ser
otário de você
Dama do meu bairro
flor da madrugada, sempre disfarçada em mulher de bem
Dama do meu bairro
o seu ar de nobre, hoje não encobre que és uma pobre mulher de
ninguém.