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CHUVA NA SERRA

toada

(José Fortuna/Carlos Cezar - grav. Zé Fortuna e Pitangueira/ Jorge Luiz e Fernando)

Chuva na serra, como cortinas caindo, qual um véu do céu vestindo o chão de rara beleza
Chão que parece uma noiva de verdade casando com o sol da tarde no altar da natureza
a enxurrada correndo pelos caminhos, a orquestra de passarinhos festejam essa união
terra molhada, e o beijo do sol poente faz despertar as sementes que dormem dentro do chão

Chuva na serra linda noiva do sertão, case com o sol pra nascer dessa união
os campos verdes e os botões dos roseirais, milhões de flores branqueando os cafezais.

Chuva na serra despencando-se do espaço, estende seus longos braços pra cumprimentar a terra
na grande festa que a paisagem verdejante, oferece à visitante, a risonha primavera
até parece um lençol na cordilheira, na mensagem alvissareira que Deus enviou sorrindo
depois da chuva canta alegre o acauã, na certeza que amanhã o sertão será mais lindo.