CÃO FIEL
toada
(José Fortuna - grav. Zé Fortuna e Pitangueira)
Fiel era um cão de raça, sempre ao chegar onze horas ia esperar o menino, feliz no portão da escola
mas a guerra precisou daquele cão inteligente pra trabalhar de espião em toda a linha de frente
e lá se foi o Fiel, terras e mares cortando, uivando pelo menino que longe ficou chorando
e lá na frente de luta no setor de espionagem, foi um herói carregando as mais difíceis mensagens
PARTE DECLAMADA.:
Um dia por uma bala o pobre cão foi ferido por uma estranha família o Fiel foi socorrido.
E quando ficou curado todo dia as onze horas, ele uivava e latia como a querer ir embora
o chefe daquela casa disse: “Solte o vagabundo. Talvez alguém o espere em algum lugar do mundo”.
E rios, montes e vales, ele teve que passar até chegar quase morto no porto daquele mar
naquele estranho navio ele entrou clandestino, cortando mares sem fim para encontrar o menino
como a seguir o chamado por um instinto divino ele chegou finalmente ao porto de seu destino.
Até a sua cidade montes e vales passou e foi chegar na escola quando a aula acabou
quando o menino saiu, quase caiu de emoção ao ver o seu cão Fiel a lhe esperar no portão
E na coleira trazia da guerra várias medalhas. No corpo um sinal de bala lá dos campos de batalha
depois de anos de ausência foi um encontro divino, o encontro dos dois amigos, o Cão Fiel e o menino