Imprimir    << voltar

 

BOIADEIRO TRISTE

cateretê

(José Fortuna/Pitangueira - grav. “Os Maracanãs”)


Boiadeiro triste, que cortou estrada atrás de boiada por esse sertão,
vejo nos teus olhos a grande saudade, que ainda está guardada em seu coração.
Boiadeiro triste não se desespere, pois aqui na terra tudo é mesmo assim.
Os tempos ditosos tão depressa passam, como uma fumaça tudo tem seu fim

Eu sei que você não esquece um pouquinho os longos caminhos onde percorreu
O cavalo baio fiel companheiro faz tanto janeiro que talvez morreu
Por isso não chore, console comigo, também tive amigos e hoje vivo só
Meu feliz passado nunca mais esqueço, hoje só padeço mas ninguém tem dó.

Boiadeiro triste, faça como eu faço, jogue fora o laço se quer esquecer,
Não deixe a lembrança, essa dor pungente ferir vossa mente enquanto viver
Olhe para frente, esqueça a boiada e a longa estrada que ficou pra trás
Seu tempo de moço, feliz e risonho, tudo foi um sonho que não volta mais