BOCA VERMELHA
(composta em 22/12/1979)
(José Fortuna/Carlos Cezar)
Sua boca vermelha como brasa viva
Queima igual os raios do sol de verão
A derramar desejos atraindo beijos
Igual a cratera quente de um vulcão
Seus lábios semi-abertos dos meus se aproximam
Sinto-me tragado no vulcão do amor
Sua boca parece pitanga madura
Qual pétala rubra de uma linda flor
A flor encarnada que a aurora da vida fez desabrochar
No seu rosto lindo, fogo que desperta desejos de amar
Seus lábios vermelhos são dois arco-íris nas águas do rio
O cravo mais belo, botão que ornamenta seu rosto macio
Sorrindo aparecem seus dentes bonitos de branco marfim
Cercando com graça a porta de entrada de um lindo jardim
Seu hálito quente é o sopro de Deus
Calor que eu preciso para os dias meus
Para que eu não morra, deixe sua boca sempre junto a mim