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BERRANTE DE OURO

toada

(José Fortuna/Carlos Cezar - grav. Zé Fortuna e Pitangueira- Carlos Cezar e Cristiano- Sérgio Reis – Tião Carreiro e Paraíso – Duduca e Dalvan – Chitãozinho e Xororó)

Nesta casinha junto ao estradão faz muito tempo eu parei aqui
vem minha velha, vamos recordar quantas boiadas eu já conduzi
Fui berranteiro e ao me ver passar, você surgia me acenando a mão
até que um dia eu aqui fiquei preso no laço do seu coração.

Vê, ali está o meu berrante no mourão do ipê
Vou cuidar melhor porque foi ele que me deu você.

Me lembro o dia que eu aqui parei, daquela viagem não cheguei ao fim
foi a boiada e com você fiquei , e o peões dizendo adeus pra mim
Vem, minha velha, veja o estadão e o berrante que uniu nós dois
nuvens de pó que para trás deixei, recordações do tempo que se foi

Vê, ali está o meu berrante no mourão do ipê
Vou cuidar melhor porque foi ele que me deu você.

Daquele tempo que bem longe vai, o meu berrante repicando além
ecos de choro, vindos do sertão, ao recordar fico a chorar também
Não é de ouro meu berrante não, mas para mim ele tem mais valor
porque foi ele que me deu você, e foi você que me deu tanto amor.